Editora: Saída de Emergência Brasil
Ano: 2014
Número de Páginas: 800
Onde Comprar? Americanas / Saraiva
Claire, a protagonista de A viajante do tempo é uma mulher de personalidade forte, lutando para se manter num mundo de homens violentos, que busca seu verdadeiro amor enquanto participa de importantes acontecimentos da história. Claire Beauchamp Randall foi separada de seu marido Frank pouco depois da lua-de-mel, quando ele foi convocado para lutar na Segunda Guerra Mundial. Ao final do conflito, Claire e Frank se reencontram e retomam a vida que tinham em comum numa viagem a Escócia. Mas o reencontro não ocorre da forma esperada. Parece haver entre a esposa e o marido um distanciamento muito maior do que aquele causado pelos anos de guerra. Ao visitar uma antiga e mística formação de rochas, Claire finalmente vai conhecer seu destino.
Queria ser capaz de simplificar este livro em apenas uma palavra, mas isso não é possível. Talvez, a palavra que mais se aproxime de uma definição, seria complexo. Não complexo em seu entendimento, porém na sensação que ele causa em você. Durante a história, damos gargalhadas, sentimos ódio, compaixão, medo, aflição, expectativa, etc.... E tudo isso perpetuado por cenas de amor, ação, suspense e drama.
Narrado em primeira pessoa por Claire, encontrei uma narrativa minuciosamente bem feita, seja pela veracidade de seus personagens ou pelo o realismo do ambiente. Em um momento de transe com a leitura, eu diria que seria capaz de sentir o aroma das plantas silvestres que Claire manipula ou quem sabe identificar cada cenário do livro se o visse. É impossível você não querer pegar as malas e viajar pela a Escócia de 1743 e se aventurar nas Terras Altas, mesmo com as tantas adversidades encontrada pela a protagonista por lá.
A respeito dos personagens como disse, eles não poderiam ser mais reais. Acabamos por muitas vezes, tomando a raiva ou a complacência de Claire por alguns personagens, em nosso. O que é algo bem natural por conta da narrativa.
Por falar em Claire, acho que ela ganha disparado em personagens literária feminina do ano. Ela é uma mulher independente (até mesmo para sua época real), firme, sagaz, inteligente e de extrema sensualidade, assim como tem uma maturidade que vai além de sua idade e mesmo assim não abandona seu espirito aventureiro. Enfim, eu teria dado a mesma resposta de Jamie na proposta feita a ele.
Jamie é o controverso de Claire, mas é um personagem que se adequa a figura do homem na sua época. Ele é o jovem guerreiro que apesar de ter passado por muita coisa, ainda é um ingênuo. Também é teimoso, porém há quem diga que isso é um traço da família Fraser. De qualquer forma, Jamie vai continuar sendo apenas o Jamie para mim. Deixo todo o burburinho e suspiros para suas admiradoras. A estrela é a Claire. Porém, devo admitir: Jamie e Claire se combinam feito a camisa e o botão.
Outlander: A Viajante do Tempo, não é um livro que entra na minha lista de favoritos. No Skoob o pontuei com 4 estrelas e com louvor. Duas coisas não me deixaram que eu desse a nota máxima: Primeiro, apesar de ser um livro envolvente quando eu o estava lendo, conseguia o largar facilmente para fazer qualquer outra coisa, não ficava naquela de “só mais uma página”. Segundo, senti a falta de Claire se questionar mais com que suas ações no passado, poderia causar no futuro que ela conhecia. Isso só vem ser questionado mais no finalzinho e em certo momento me deu vontade de dar uma sacudida nela para perceber que uma ação causou uma alteração importante no seu futuro.
Apesar das ressalvas, o primeiro volume de Outlander traz o que um romance histórico tem de melhor: as tradições, as lendas e os costumes de povos que viveram muito tempo antes do nosso. Agora é acompanhar a série televisiva baseada na série, até não chegar o lançamento do segundo livro em novembro. E a dica? LEIAM!