22 de fevereiro de 2016

[Resenha] - Cinderela pop, de Paula Pimenta

Autor (a): Paula Pimenta 
Editora: Galera Record 
Ano: 2015
Número de Páginas: 160
Onde Comprar? submarino/americanas

Cinderela Pop - Nesta versão estendida do super conto de Paula Pimenta no Livro das Princesas, Cinderela é reinventada. Cintia é uma princesa dos dias atuais: antenada, com opiniões próprias, decidida e adora música! Mas a garota vê seu cotidiano virar de cabeça para baixo depois da separação dos pais: vai morar com a tia, se afasta do pai e, principalmente, deixa de acreditar no amor. Até que um encontro inesperado e revelador a faz rever as próprias escolhas – havia mesmo um belo príncipe em sua história, e tudo que ele mais queria era descongelar o coração da nossa gata (nada) borralheira!



Paula Pimenta descreve uma versão atualizada do conto, onde revela uma nova Cinderela com problemas, e os mesmos medos de qualquer outra adolescente, que ao invés de um sapatinho de cristal, usa sapatos All Star.

Cinderela pop é narrada em primeira pessoa por Cintia, filha de um rico empresário, que aos 15 anos descobre a traição do pai, após dois anos ignorando-o, ela se ver obrigada a pedir ajuda, pois a escola proíbe o uso de celulares e é a única maneira de comunicar-se com a mãe. 

Desde que seus pais se separaram, ela mora com a tia, e foi lá que conheceu sua paixão pela música, mas havia algumas regras que ela deveria cumprir se quisesse ter um emprego, nos quais só poderia ficar até meia noite e séria apenas nos fins de semana, o que acabou influenciando o nome de DJ Cinderela, mas para Cintia não era um trabalho e sim uma paixão, que logo se tornou uma forma de esquecer o mundo a sua volta.



Chantageada pelo pai, ela é obrigada a ir ao aniversário de 15 anos das filhas de sua madrasta, na qual não gosta nem um pouco e uma das atrações principais será o Prince, um jovem músico famoso e uma DJ misteriosa que também encanta a todos.


 Frederico ( Prince) que também está a procura do seu verdadeiro amor encontra em Cintia o que jamais viu em nenhuma outra garota. E esses corações se encontraram em algum momento. O livro  é cheio de  reviravoltas e cada capitulo é uma nova surpresa. Será que Cintia mudará sua maneira de ser depois do primeiro amor ? 

Cinderela pop é atualizada, divertida e mostra que nem todas as princesas usam vestidos e tem fadas madrinhas. Com um príncipe famoso e encantador, que tem todas as mulheres aos seus pés, mas encontra algo especial na garota que menos esperava que algum dia tudo aquilo fosse possível, mas nem todos os contos de fadas são flores, será que ela conseguirá reconquistar seu príncipe encantado e viver o que sempre sonhou ao seu lado?

Cinderela pop é um infanto-juvenil, cheio de carisma, uma historia nova que envolve o leitor com facilidade e se você não leu ainda, não sabe o que está perdendo, é uma historia realmente encantadora.


" E foi naquele momento que vi que eu estava totalmente enganada. E gelei. Porque o que ele estava usando não era um sapato feito com fios de ouro... Era um simples, básico e preto... All Star. " 

20 de fevereiro de 2016

[Resenha] - A elite, de Kiera Kass

Autor (a): Kiera Kass
Editora: seguinte
Ano: 2013
Nº de Páginas: 360
Onde Comprar? americanassubmarino

A Elite - A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Só uma se casará com o príncipe Maxon e será coroada princesa de Illéa. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Quando ela está com Maxon, é arrebatada por esse novo romance de tirar o fôlego, e não consegue se imaginar com mais ninguém. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto, dominada pelas memórias da vida que eles planejavam ter juntos.
America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer — e ela está prestes a perder sua chance de escolher. E justo quando America tem certeza de que fez sua escolha, uma perda devastadora faz com que suas dúvidas retornem. E enquanto ela está se esforçando para decidir seu futuro, rebeldes violentos, determinados a derrubar a monarquia, estão se fortalecendo — e seus planos podem destruir as chances de qualquer final feliz.

Estou cada vez mais apaixonada por esta série. Kiera Cass mais uma vez me surpreendeu, “A Elite” vem carregada de emoções, agora com apenas seis garotas na disputa, América começa realmente ver a seleção como um jogo e quando descobre que pode perder Maxon ela começa a pensar nas suas atitudes, apesar de seu coração ainda está dividido entre ele e o lindo Aspen.

America começar a ver Maxon com outros olhos, não mais como o menino imaturo que tem uma vida perfeita, mas como um verdadeiro homem e a cada dia no palácio começa a descobrir coisas surpreendentes. Ela começa a questionar se realmente ama Aspen e se realmente vale a pena continuar na elite. America se sente confusa tanto em suas atitudes quanto aos seus sentimentos, ela pensa ser odiada quando na verdade percebe que nem todos pesam assim a seu respeito, ela também vai quer encontrar soluções e saber o porquê os ataques estão cada vez mais recentes e porque os rebeldes nunca levam nada.

America tem inimigos fortes dentro do palácio e ela tem que decidir logo se ama ou não Maxon, pois seu tempo já está se esgotando, será que America vai continuar na seleção? Será que ela vai escolher Aspen ou Maxon?

A trilogia está cada vez melhor. "A Elite" vem mais detalhada, onde a autora expressa melhor suas ideias, nos contagiando com sua escrita, fazendo-nos não querer mais parar, com certeza já está entre os meus favoritos, sendo  para mim o melhor livro da série, carregado de muitas emoções e surpresas, tenho certeza que encantará vocês.

  E vocês já leram “A Elite”? O que acharam? Quem ainda não começou a trilogia, deveria o quanto antes.

27 de dezembro de 2015

[Resenha] - Esperando Por Doggo, de Mark B. Mills

Autor (a): Mark B. Mills
Ano: 2015
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 224
Onde Comprar? CulturaSaraiva

Dan achava que tinha uma vida feliz com Clara, mas, de uma hora para outra, ela desaparece inesperadamente de sua vida, deixando para trás apenas uma carta de despedida e um cachorro. A pequena criatura é incomum e sequer tem um nome definitivo, ele é simplesmente chamado de Doggo. Agora, Dan tem a missão de devolver Doggo, e, ao mesmo tempo, encontrar um novo emprego. A primeira missão parece ser fácil, a segunda, nem tanto. Com o passar dos dias, Dan começa a desfrutar da companhia de Doggo e não tem coragem de abandoná-lo. De forma singela, mas significativa, a presença do pequeno cão ajuda àqueles que estão ao seu redor. Doggo acaba tornando-se muito mais que um amigo de quatro patas, transforma-se em uma verdadeira fonte de inspiração para o trabalho e para a vida de Dan.

Finalmente, voltei! Estava passando da hora, né? Para isso, tive que recomeçar com uma leitura mais leve e de linguagem fácil, foi quando folheando “Esperando por Doggo”, decidi que este seria meu livro de recomeço. 

Em “Esperando por Doggo”, nos deparamos com Daniel, um sujeito que não está com a vida nada bem – desempregado, acabou de ser abandonado pela namorada e sem ao menos ter tempo para se despedir, tudo que lhe restou foi uma carta e um cachorro miúdo, frágil e feio.

Mas a vida tem que continuar.... E Daniel está prestes a conseguir um emprego em uma agência publicitária e o correto seria devolver o cachorro para um abrigo, para que outra pessoa pudesse cuida-lo como deveria, só que bem.... Não é isso que acontece!

Em um primeiro momento, pensei que a trama giraria em torno do cachorro, porém ele é apenas uma engrenagem para contar a vida de nosso protagonista, o Daniel. Daniel é um homem bem-humorado, inteligente, esperto, um romântico que ainda não vivenciou um grande amor. E Doggo entra na sua vida para inspira-lo, tanto em sua vida pessoal quanto profissional.

O livro também mostra como um animal pode mudar a vida das pessoas que o cercam, como fazem as pessoas mais felizes e as ensinam amar as pequenas coisas e pequenos gestos. É um livro fluído, sem grandes reviravoltas, leve e descontraído, é um santo remédio para tirar a tensão de um dia agitado.

Narrado em primeira pessoa, por Daniel, eu diria que ele se encaixa perfeitamente no estilo lad lit (um chick lit masculino), por basicamente ser narrado por um personagem masculino e falar sobre seu cotidiano, abordando dessa forma um pouco do universo dos homens.

É um livro recomendado para todos, exceto para crianças. Porém, garanto que se você divertirá com a história de Doggo e seu dono. Para finalizar, concluo que a Novo Conceito trouxe uma obra bem revisada e diagramada e foi bem inteligente da parte deles mantarem a capa americana.

9 de junho de 2015

[Resenha] - A Hora dos Ruminantes, de José J. Veiga

Autor (a): José J. Veiga
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2015
Número de Páginas: 152
Onde Comprar? Amazon / Americanas

A Hora dos Ruminantes - Considerado o romance mais importante do autor, A hora dos ruminantes conta a história da pequena cidade de Manarairema, que vê a sua rotina alterada por acontecimentos inexplicáveis. Primeiro uma legião de homens, de procedência desconhecida, decide acampar na cidade. Os moradores, temendo represálias e com medo dos visitantes misteriosos, passam a especular sobre a intenção do grupo. Depois, a cidade é tomada por cães, que chegam às dúzias no vilarejo, causando uma inversão de papéis: enquanto os moradores ficam acuados em suas casas, os animais passeiam livremente pela cidade. E, por último, a chegada de centenas de bois completa o quadro alegórico do romance.

A Hora dos Ruminantes é aquele tipo de livro que todos deveriam ler. José J. Veiga nos transportam para uma pacata cidade rural, de nome Manarairema, onde tudo que acontece é novidade. Então, imagine a curiosidade de seus habitantes quando homens misteriosos resolvem acampar ao lado da cidade? Seus moradores ficam em polvorosa, começam as especulações e o medo. Medo da mudança, medo da perda dos direitos e da liberdade. 

O livro não foca em um único personagem, pode-se dizer que a protagonista desta história é a própria cidade. É ela que nos apresenta seus moradores e suas peculiaridades. Aos poucos vamos descobrindo os pensamentos de cada um, como eles lidam com o repentino e com o inusitado.

Existem dois lados de uma mesma moeda: De um lado existe um povo amedrontado e resistente. Do outro, um grupo de homens silenciosos e autoritários, de poucos amigos. De um lado pessoas conformistas e do outro, progressistas. Percebem o contraste? 

Só que os habitantes de Manarairema se sentem acuados se sentem acuados e é com medo daquela velha expressão “a corda se arrebenta do lado mais fraco” que eles acabam se subjugando a vontade do grupo estranho, medo da violência que podem acabar sofrendo. Outro ponto interessante e onde o fantástico toma conta é quando a cidade é invadida primeiro por cachorros e depois por bois. Milhares deles, a cidade já não é dos humanos e sim dos animais. E o pior de tudo? É que o povo sofre calado.

Eles não têm reação. Apenas acostumam com a nova maneira de convivência, mesmo que seja difícil e vão dando “jeitinhos” para continuar a tocar a vida. Vale deixar registrado aqui que a “A Hora dos Ruminantes” foi publicado pela primeira vez, dois anos após a implementação do regime militar de 1964.

Narrado em terceira pessoa, “A Hora dos Ruminantes” é um livro instigante e aconchegante e que traz boas reflexões para a mente do leitor. Mas de uma coisa saiba, não procure por respostas. O grande trunfo do autor neste livro é deixar que o próprio leitor tire suas conclusões.

24 de abril de 2015

[Resenha] - Reboot, de Amy Tintera

Autor (a): Amy Tintera
Editora: Galera Record
Ano: 2015
Nº de Páginas: 352
Onde Comprar? Americanas / Saraiva

Quando grande parte da população do Texas foi dizimada por um vírus, os seres humanos começaram a retornar da morte. Os Reboots eram mais fortes, mais rápidos e quase invencíveis. E esse foi o destino de Wren Connolly, conhecida como 178, a Reboot mais implacável da CRAH, a Corporação de Repovoamento e Avanço Humano. Como a mais forte, Wren pode escolher quem treinar, e sempre opta pelos Reboots de número mais alto, que têm maior potencial. No entanto, quando a nova leva de novatos chega à CRAH, um simples 22 chama sua atenção, e, a partir do momento que a convivência com o novato faz com que ela comece a questionar a própria vida, a realidade dos reinicializados começa a mudar.

Reboot é o livro que veio para me resgatar de uma longa e demorada ressaca literária. Já tinha um bom tempo que não devorava um livro com facilidade, mas o mundo distópico criado por Amy Tinteira, me deixou alucinado e virei as páginas numa velocidade parecida com a Wren, a 178.

Em Reboot encontramos um mundo dizimado pelo o vírus KHD, a grande diferença é que os mortos voltam a vida, pouco tempo depois. Aqueles que mais demoram para voltar, mais fortes e velozes se tornam. Porém, nem tudo são flores: existe uma corporação intitulada CRAH que controla todos os reboots, fazem deles espécies de policiais para controlar o que restou da sociedade humana.

A nossa protagonista é a reboot mais forte, a 178. Temida por todos – humanos e reboots. A única pessoa que ainda mantém uma conversa com ela, é a Ever, sua colega de quarto. Ever é uma menina doce, companheira e que me conquistou a primeira vista. Ela se completa com a Wren que faz uma linha durona e decidida, até mesmo por conta do tempo que levou para ressuscitar.

Porém para animar a história, a autora inseriu um personagem para abalar os sentimentos e convicções da heroína, o Callum, ele é apenas um 22 e isso faz dele um quase humano. É fraco e lento e Wren não ver muitas chances de sobrevivência para ele.... a não ser que ela o treinasse. Isso mesmo, reboots de +120 podem treinar novos reboots. O único problema é que Wren pode escolher quem quer treinar (uma pequena “vantagem” dela ser a mais forte) e ela nunca escolhe os mais fracos, até então sempre foi nos mais fortes... Mas teria a destemida Wren mudado de opinião agora?

Amy Tinteira criou uma obra ágil, cheia de ação e que não cansa a mente do leitor. Neste primeiro volume da trilogia, vamos conhecer como de praxe as regras que permeiam essa sociedade habitada por seres que ressuscitaram dos mortos. Mesmo com a febre de distopias, vide “Jogos Vorazes”, “Divergente”, “Legend” e “O Teste”, a autora consegue trazer sua personalidade na escrita e se diferencia do que já existe. 

Narrado em primeira pessoa pela Wren, acompanhamos um desenrolar de história, sem muitos detalhes e pasmem: mesmo assim ele consegue ser eletrizante, principalmente no seu final. E mal posso esperar pelo lançamento de Rebel aqui no Brasil – segundo livro da trilogia.

16 de abril de 2015

[Resenha] - Contos de Fadas em Quadrinhos, por Chris Duffy

Organizado: Por Chris Duffy
Editora: Galera Record
Número de Páginas: 128
Ano: 2015
Onde Comprar? Saraiva

Numa terra nada, nada distante... Príncipes e princesas reinavam no reino do traço mágico. Cada um deles possuía um talento único. Alguns dominavam as cores; outros, a técnica. Mas todos possuíam a inegável capacidade de transformar tudo o que tocavam em algo mais divertido ainda. E o rei, Chis Duffy, reuniu esse grupo encantado para recontar, em quadrinhos, os mais amados contos de fada. Algumas fábulas se mantêm fiéis às originais. Mas outras trazem reviravoltas divertidas e, muitas vezes, emocionantes. Ao todo, dezessete histórias ganham novo colorido e humor.

Contos de fadas sempre fizeram a imaginação das pessoas, sejam pelo o final feliz ou pelas belas lições que ensinam. Então quando a Galera Record anunciou o lançamento de "Fairy Tale Comics" aqui no Brasil, não pude querer deixar de ler, por dois motivos: Primeiro por ser contos de fadas  e segundo por ser uma releitura em quadrinhos.


A obra organizada por Chris Duffy reúne vários contos, recontado por diversos cartunistas. O resultado? Só coisa boa. Confesso que a maioria dos contos, eu ainda não conhecia, mas mesmo assim gostei de todos. Alguns contos continuam da mesma forma, outros tomam rumos diferentes. Contos de fadas e mitos folclóricos se misturam, formando uma antologia sensacional.


Gato de Botas, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Baba Yaga e Os Músicos de Bremen são apenas alguns dos contos presentes na obra. Cada um tem traços diferentes, revelando a personalidade de cada artista. Dos contos por mim desconhecidos, os que mais gostei foram "O Príncipe e a Tartaruga" e "O Menino Que Desenhava Gatos".


Não tem como eu ficar falando muito do livro, mas a certeza é de que vocês devem ler. Mesmo sendo direcionado ao público infantil, pode ser lido por todos. É uma ótima opção de presente e a Galera Record fez um ótimo trabalho de diagramação e revisão.