16 de fevereiro de 2015

[Resenha] - Eu, Robô, de Isaac Asimov

Autor (a): Isaac Asimov
Editora: Aleph
Ano: 2014 (ano da edição da capa do livro ao lado)
Número de Páginas: 320
Onde Comprar? Americanas / Saraiva

Eu, Robô - 'Eu, robô' reúne os primeiros textos de Isaac Asimov sobre robôs, publicados entre 1940 e 1950. São nove contos que relatam a evolução dos autômatos através do tempo, e que contêm em suas páginas, pela primeira vez, as célebres 'Três Leis da Robótica' - os princípios que regem o comportamento dos robôs e que mudaram definitivamente a percepção que se tem sobre eles na literatura e na própria ciência.

Já faz algumas horas que estou contemplando a página em branco do Word, tentando encontrar palavras para dar início a resenha deste grande clássico da ficção cientifica que é “Eu, Robô”. Após de já ter vivido uma experiência com a escrita do autor em “As Cavernas de Aço”, esta leitura transcorreu de forma rápida e acolhedora.

Eu, Robô”, na verdade se trata de uma coletânea de nove contos, publicados pela primeira vez em revistas. E que posteriormente foram reunidos em uma única obra, para mostrar uma cronologia do avanço da robótica no planeta.

Isaac Asimov criou um elo entre os contos e inseriu uma famosa personagem sua, Susan Calvin, para contar a história dos robôs através do tempo. É durante uma entrevista em 2057, que a psicóloga de robôs que estar prestes a se aposentar, narra a história.

O primeiro conto do livro é intitulado de Robbie e ele é meu favorito. Aqui vemos uma espécie de primórdios dos robôs. Robbie é um robô criado para lidar com crianças, um robô-babá. Só que ele ainda era bem limitado, se comparado aos robôs encontrado nos próximos contos. Porém, neste encontramos uma trama pura, a relação de amizade entre uma garotinha e um homem de lata. Em “Robbie” encontramos os primeiros indícios de que um robô poderia ter sentimentos.

A partir dos próximos contos, vamos vendo a evolução da robótica: os robôs começam adquirir velocidade, passam ter conhecimentos sobre física, realizam grandes ações sem ajuda dos humanos, entre outras atividades antes inimagináveis. Mas, como todo bônus tem seu ônus, com os robôs não seriam diferentes.

Eles começam acreditar serem superiores aos humanos e passam a questionar a autoridade deles. Os homens batalharam tanto pela a inteligência artificial, que agora que os robôs têm a capacidade de pensar, pode ter colocado em risco as três leis da robótica.


Isaac Asimov é um crítico de carteirinha. Ele vem mostrar como o ser humano é explorador, como ele pensa em usar o máximo dos recursos que dispõem, sem se preocupar com os riscos que isso pode trazer para si próprio e para a comunidade em que vive. 

O autor tem uma escrita envolvente e cativante. Ao mesmo tempo complexa e simples. Para quem não é tão fã de ficção cientifica, pode acabar achando um pouco cansativo, devido ao uso de termo técnicos em certos momentos. Por outro lado, é uma boa pedida para quem pretende conhecer a escrita de Asimov. No entanto, posso dizer que o autor é mais simplista do que rebuscado.

E eu não posso terminar esta resenha sem falar desta edição caprichada da Editora Aleph. A diagramação em branco e prata dar um requinte especial ao livro e deixa atraente aos olhos, tudo isso é completado por uma revisão excelente.

Enfim, Isaac Asimov é o cara! E “Eu, Robô” é uma ótima oportunidade para se refletir o caminho da humanidade.

12 comentários:

  1. Lucas, li Eu, Robô em uma edição de outra editora, embalado pelo filme e pela leitura de um conto do autor que encontrei em uma coletânea de FC. Gostei muito, as leis da robótica que o autor criou meio que determinaram as relações entre robôs e humanos, mesmo em obras de outros autores, e o Asimov consegue conversar com o leitor de uma forma muito natural, o que torna a leitura ainda mais prazerosa.

    Dois abraços!

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    1. Fala Luciano, ainda não assisti o filme. Mas ouvi que difere muito da realidade criada por Asimov, de qualquer forma pretendo assistir. =D

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  2. Lucas, como vai?

    O meu namorado (que também chama Lucas rs) é viciado em Isaac Asimov. Porém, está é a única série dele que ele não curte. Não sei explicar o motivo! rs

    Espero um dia ler, para desmistificar isso rs.

    Beijos,
    Caroline, do criticandoporai.com.br

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    1. Eu li apenas este livro e "As Cavernas de Aço", mas se for para comparar eu prefiro o segundo. Mas acho é que por esse se tratar de contos.

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  3. Não sou a maior fã desse estilo de livros, mas leio resenhas e procuro estar informada para indicar na livraria e também para dar de presente (já que tenho amigos que amam).
    Bom saber que a Aleph caprichou na edição ;)

    Beijinhos,
    Lica
    Amores e Livros

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    1. Oi Lica
      É uma edição bem caprichada, uma ótima opção de presente para quem curte. Bjs!

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  4. Oie Lucas
    vi bastante esse livro nas redes sociais, mas até agora essa é a primeira resenha que leio. Ainda bem, porque você tem um jeitinho tão viciante de resenhar, e que no final é impossível não querer ler o livro.
    Gosto de Ficção Científica, então creio que a linguagem não ia me incomodar. E a edição da Aleph parece estar um luxo. Amo essa capa.
    bjos
    www.mybooklit.com

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    1. Oi Jacqueee! Ahhh, obrigado *---*
      Espero que as expectativas que acabei criando em você sejam cumpridas! E realmente esta edição é um luxo. Bjs

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  5. Lucas, adorei a resenha!
    tinha vontade de ler, mas preguiça ao mesmo tempo... receio de ser chato e maçante!
    agora com certeza vou ler =)


    http://rodapedelivros.blogspot.com.br/

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    1. Ei Thayz, é como eu disse se você não for muito fã de ficção cientifica, pode achar a leitura um pouco chata, mas Asimov é muito cativante sim. =)

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  6. Oi Lucas,
    Tenho que concordar: Asimov é o cara! Acredita que já li Eu, Robo três vezes?
    O mais incrível é como ele consegue criar dilemas a partir das leis da robótica, e surpreender o leitor com suas soluções...
    Mês passado comecei a trilogia da Fundação, e tbm esotu gostando bastante.
    Abraço,
    Alê
    www.alemdacontracapa.blogspot.com

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    1. Fala Alê,
      Cara, a trilogia da Fundação é uma das minhas metas para esse ano. Por enquanto, minha próxima leitura dele será "O Sol Desvelado". Abco!

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